sexta-feira, 16 de novembro de 2012

ESTIMULAR O DESENVOLVIMENTO É O DESAFIO.

A 56ª edição do Painel TELEBRASIL, realizada este ano nos dias 29 e 30 de agosto, em Brasília, trouxe a luz alguns dos desafios que o mercado  de telecomunicações viverá nos próximos anos para continuar dotando o Brasil de uma moderna e eficiente rede de comunicação de voz, dados e imagens.

Depois  de 14 anos  investindo  valores expressivos no desenvolvimento dessa infraestrutura, o setor expõe ao Brasil um paradoxo: se de um lado as telecomunicações são e continuarão sendo essenciais no esforço de inserir o País na sociedade  do conhecimento, de outro e preciso criar um ambiente  propício  aos investimentos e ao equilíbrio  daqueles que estão na linha de frente do desenvolvimento dessa tecnologia.


As empresas de telecomunicações são em sua grande maioria empresas saudáveis e inovadoras, que desde a privatização do Sistema Telebras investiram em valores atualizados mais de R$ 390 bilhões em redes, serviços e soluções de Telecom  São mais de 335 milhões de acessos se diferentes serviços de telecomunicações, incluindo 260 milhões de telefones móveis  81 milhões de acessos banda larga, 15 milhões de domicílios conectados com TV por assinatura, mais de 43 milhões de linhas fixas, centenas de milhares de quilômetros de fibras ópticas  dezenas de satélites de comunicação, redes submarinas, metropolitanas, milhares de acessos WiFi e outros números que poderiam ser trazidos para demonstrar aquilo que se traduz, no dia a dia, em um ambiente de comunicação moderno, dinâmico e acessível a todos os brasileiros.

O desafio que se coloca é estimular o desenvolvimento dessa infraestrutura,  atrair ainda mais investimentos privados, contar com o apoio governamental naquilo que for estratégico  retirar amarras tributarias e burocracias anacrônicas e, sobretudo, evitar o engessamento do setor com propostas de lei que, por mais bem intencionadas que sejam, ignoram a complexidade e a dinâmica do setor de telecomunicações.

Esses foram alguns dos tópicos discutidos na edição deste ano do Painel TELEBRASIL, durante dois dias: um deles, dedicado a sessões de Workshops técnicos com o governo, focado na troca de ideias e de informações, e o outro, em um dia inteiro de debates de altíssimo nível, com as principais lideranças do setor de telecomunicações, autoridades e convidados de honra do setor de televisão  produção de conteúdo e TI.

Tudo isso acompanhado  de apresentações aprofundadas, realizadas a partir de estudos de algumas das melhores consultorias de analise de mercado e conjuntura economica.

No Painel, foram colocados na mesa de discussão elementos que subsidiarão os debates ao longo dos próximos meses.

Que modelos podemos buscar para rentabilizar e viabilizar o investimento em infraestrutura?

Que modelos de negócio podem ser estabelecidos com provedores de conteúdos?

Como gerir bens preciosos ao pais como o espectro de frequência  tão essencial para a banda larga e para a distribuição da TV aberta?

Como tratar da maneira mais inteligente a questão da neutralidade de rede, preservando as virtudes e qualidades que fizeram da Internet o que ela é hoje sem, ao mesmo tempo, prejudicar investimentos em novas redes, mais modernas e velozes?

Como utilizar as telecomunicações, especificamente, e as TICs em geral, no desenvolvimento do pais?

E, por fim, de que maneira criar um ambiente mais propicio para o investimento e para o desenvolvimento das telecomunicações do Brasil?

Nas matérias que você encontrara  nesta revista, você terá um resumo daquilo que de mais importante foi discutido, com respeito aos diferentes pontos de vista trazidos para o Painel TELEBRASIL, e elementos para um debate maduro, agregador e que contribua para o desenvolvimento do pais.


Um comentário:

  1. De fato, toda a sociedade deve participar desta discussão. Não devemos nos omitir da responsabilidade que temos de apresentar a posição da população, de nossos interesses e principalmente de acompanhar que este processo não esteja impregnado de algum movimente que represente perda da liberdade de expressão que a Internet representa.

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